“os processos de opalinizar o vidro já eram conhecidos em veneza no século xvi, mas sua aplicação no cristal foi desenvolvida na frança no séc. xix…a opacificação foi obtida através do acréscimo de ossos triturados, estanho e arsênico…do branco translúcido ao preto, do verde ao azul, do amarelo ao malva violáceo, do rosa ao azul-turquesa, esses objetos, de formas graciosa ou extravagantes, fazem os colecionadores sonharem.
…diferentes períodos marcaram a produção das fábricas de cristal de saint-louis, le creusot, baccarat, clichy, choisy-le-roi, belleville, bercy, que fizeram os cristais opalinados, posteriormente chamados opalinas.
– de 1810 a 1830, a execução foi bem cuidada, formas simples.
– de 1840 a 1845, a decoração foi aplicada – como por exemplo, as cobras enroladas nos gargalos.
– de 1852 a 1900, iniciou-se a produção de objetos mais comuns como garrafas representando bustos de personagens, mãos, lâmpadas, lampiões e lustres combinando metal, opalina e cristais.
…as opalinas são vistosas, coloridas… com frequência são utilizadas nos filmes de época ao retratar ambientes internos antigos.
…no brasil, as opalinas chegaram ao final do séc. xix e durante o séc. xx…apareceram nos solares baianos bem ao gosto opulento da bahia…surgiram nas casas de fazenda do café do sudeste…chegaram ao sul e ao norte, deixando marcada sua presença”
texto extraído do livro “o livro das opalinas: lagrimas do arco-íris” de solange godoy e luís antonelli